quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Catagena

Eu estava escrevendo sobre o Equador - uma grata surpresa - para tentar manter alguma coerência com o trajeto, mas depois de chegar a Cartagena de Índias, a capital clombiana do Caribe, escrever sobre qualquer outra cidade se tornou supérfluo. Não é exagero. Tudo bem, Rio e Paris ainda ganham... Mas Cartagena é o máximo.

Depois de casarem de terem seus saques saqueados pelos piratas, os colonizadores espanhóis resolveram transformar seu principal porto caribenho em uma cidade fortificada inexpugnável. As muralhas - enormes, potentes e até bonitas - continuam de pé. Além disso, rechearam com muito bom gosto a fortificação. Todo o centro antigo está preservado e, diga-se de passagem, eram casas que mereciam ser preservadas. Todas, realmente todas, as ruas da cidade antiga são lindas. É isso que faz uma cidade incrível. Não é um monumento, prédio ou museu bonito que faz um cidade ser interessante. É o bom gosto generalizado - e também certa dose de modéstia aos construtores, que aceitem fazer uma bela obra que mantenha a harmonia com as demais. E bom gosto é o que ao faltou aos construtores de Cartagena. Além disso, a maior parte das casas estão bem conservadas, mas não com "cores suvinil" - essas renovações em massa que pintam todas as fachadas aos mesmo tempo, fazendo com que a cidade pareça de plástico no início e depois todas fiquem decadentes ao mesmo tempo.

Além disso, a cidade é alegre! vibrante! animada! assim mesmo, com esse monte de pontos de exclamação. Oh gente simpática a colombiana! É impressionante. Volta e eu fico assustado e desconfio, achando que tanta simpatia deve ser para se duvidar, que a pessoa deve estar querendo dar um golpe. Nada. Coisa de paranóico. Um exemplo: desci do ônibus e uma menina - muito, muito gata - que tinha me visto falar com o condutor (em português é motorista, né?) literalmente me pegou pela mão e disse: vou te levar a um hotel. Pensei: a cachorra vai me roubar - se der sorte ela resolve me comer antes. Nada! Andou um tempão comigo, perguntou preços, pechinchou, etc. Maior simpatia. E isso é generalizado na Colômbia.

Voltando à cidade, eu cheguei de dia e, sem perceber, fiquei em um hotel no meio da zona da cidade (na "zona de baixo meretrício", como se dizia antigamente). E não é que até a zona é bonitinha! Além do centro, há pelo menos dois outros bairros "antigos". Não são tão ajeitados como o cento, mas também são lindos. Tem mais vida local e menos turistas pelas ruas. Na cidade, talvez no país, se ouve salsa por todo lado (na verdade, salsa, rumba, cúmbia e muitos outros ritmos que, se ou conseguir dançar todos do mesmo jeito, msmo que seja mal, já estou feliz).

Estou impressionado, é verdade.

Para poder falar mal de alguma coisa: a praia é uma merda, pelo menos a que eu fui. Mesmo sendo "mar do caribe" a água é turva, mauito mexida, a areia escura e tem milhoes de vendedores oferecendo barracas, cadeiras, etc que enchem o teu ouvido dizendo: "acá nadie te molesta". Lo veo...

Mas não tem o menor problema.

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