24/12
¿Que he dicho? Viajar en el pasillo é o paraíso.
Samaipata fica a uns 100 Km de Santa Cruz, na encosta da cordilheira e tem um sítio arqueológico importante, "El Fuerte", ruínas pre-inacicas, de um povo que não lembro o nome, que foi substituído por outro, que depois foi dominado pelos incas, que ocuparam a cidadela ... e tiveram o fim que todos sabemos. É também o lugar onde o Che foi assassinado - na verdade ele foi morto em Vallegrande, mais ou menos perto dali.
¿Que he dicho? Viajar en el pasillo é o paraíso.
Samaipata fica a uns 100 Km de Santa Cruz, na encosta da cordilheira e tem um sítio arqueológico importante, "El Fuerte", ruínas pre-inacicas, de um povo que não lembro o nome, que foi substituído por outro, que depois foi dominado pelos incas, que ocuparam a cidadela ... e tiveram o fim que todos sabemos. É também o lugar onde o Che foi assassinado - na verdade ele foi morto em Vallegrande, mais ou menos perto dali.
Saímos para um passeio de turista. Pegamos um taxi- lotação que iria a té Samaipata em 2 horas por Bs. 30 (US$ 4). Só que a estrada estava interrompida pela queda de uma barreira - na verdade duas. O taxi parou no vilarejo anterior à barreira. Daí, pegamos um onibusinho até próximo da ponte que havia sido levada pela avalanche. Andamos o trecho da fila de carros e caminhões que esperavam o concerto da ponte para atravessar. Passamos o rio por uma pinguela de dois troncos sobre o rio. Do outro lado conseguimos carona na caçamba de uma pick-up até a segunda barreira caída. Nova fila de carros, homens trabalhando e montes de gente andando para todos os lados ou, principalmente, parada, esperando. Essa dava para a travessar pela lama.
Do outro lado, a fila de caminhões era imensa, uns 2 Km, pelo menos. A carga era claramente a da agricultura camponesa: em um mesmo caminhão, várias sacas de milho, frutas, feijões, grandes cestos com folhagens, etc. Não era preciso prestar atenção à carga para saber que a havia produzido, porque, em muitos casos, esses iam por cima. Famílias de camponeses, indígenas, sentados ou deitados sobre as sacas de milho. Parecia que já estavam e continuariam esperando por dias. Cozinhas improvisadas em fogueiras preparam caldos de milho com frango. O asfalto e alama vao ficando cobertos de cascas de frutas. Muitos tratavam de carrear os produtos nas costas, indo e voltando pelas pinguelas com cestos e sacas enormes.
Mais um taxi até Samaipata. Depois outro até "El Fuerte". Impossível seguir até Vallegrande. Na volta damos a sorte de conseguir lugar en el pasillo em um ônibus que vai para Santa Cruz - ou seja, que nos deixará na primeira barreira, na verdade a alguns quilômetros dela. Tive que brigar com o motorista para que ele fosse, pelo menos, até o fim da fila. Fui o único passageiro a reclamar. Um filho da puta de policial, fardado, que tinha passado a viagem se valendo da autoridade para assediar de maneira constrangedora uma mulher 20 anos mais jovem que ele, ainda foi contra, dizendo que se o motorista não queria, não podíamos obrigá-lo a levar os passageiros até o mais próximo possível do destino. Milagrosamente a barreira tinha sido retirada, mas como não havia um policial sequer em toda a estrada, os carros que subiam e os que deciam se emaranhavam e ninguém andava. Preferimos seguir a pé - muito mais rápido - mas, um pouco depois, começou a chover (forte). Com o transito andando um pouquinho melhor, pegamos carona pendurados na caçamba de um caminhão, até para tudo de novo. Dentro (da caçamba) ia uma família de camponeses. Mais uma caminhada na lama e conseguimos pegar um taxi até perto de Santa Cruz. De lá, um micro (ônibus) até perto do alojamiento. Saída às 7:30, volta 21:30 - muertos. Que paliza!
E essa odisséia porque era um dos pontos turísticos mais importantes da Bolívia. Valeu a pena o espírito de que tudo que acontece no trabalho de campo, é campo. Además, el Valle de Samaipata es muy lindo... Uma floresta quase tropical, só que menorzinha e com folhas verde claro. Quase não se vê plantaçoes, mas a fila de caminhões contradiz essa impressão. Encostas impressionantes, em um trecho o rio corre em um pequeno canion, vales suspensos...
Hoje, escrevo desde el Plan 3000, um bairro da periferia de Santa Cruz onde se concentra a população mais pobre e, consequentemente, muitos dos partidários do governo de Evo. Há alguns meses os jovens de classe média adotaram uma estratégia de "militância" contra a população local: vir para o bairro e passar a noite fazendo arruaça pelas ruas, baderna e quebradeira. Houve confrontos violentos e a polícia nada fez. A aparência do bairro é o que se pode imaginar como sedo a periferia de uma grande cidade do país mais pobre da América do Sul.
Sobre o Plan 3000 o guilerme recomendou um site interessante:
http://colectivoboliviano.wordpress.com/2008/12/12/plan-3000-bastion-rebelde-del-oriente-bolivianoi/
Depois posto o diário dos dias anteriores.
Um bate papo com outro viajante Brasileiro (tirei da internet):
ResponderExcluirNo início da subida da cordilheira, a 1600 metros acima do nível do mar, está o povoado de Samaipata que em quíchua significa descanso nas alturas. Samaipata possui uma das ruínas Incas mais orientais. Ela está estrategicamente situada perto da nascente do Rio Piraí (um dol milhares de afluentes do Rio Amazonas) a oeste do Pantano, a sul da Floresta Amazônica e a leste da Cordilheira Andina. Vários pesquisadores pensaram que o monumento foi feito exclusivamente pelos Incas mas no local também se encontram resquícios da cultura pré-incaica de Tiwanakuy e tribos silvícolas conhecias como Chiriguanos e Chanés.
A parte mais impressionante das ruínas é o Centro Cerimonial del Fuerte, um arenito esculpido com 200m de comprimento e 60m de largura. Recentemente foi declarada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. A maior rocha esculpida do mundo tem diferentes desenhos, dentre eles um puma, um jaguar e uma serpente que representam força, poder e vida respectivamente.
Os Incas faziam ali o culto ao sol e à deusa da fecundidade para bons cultivos. A agricultura era a base da vida quíchua (Inca). O local também era usado como centro comercial dos Incas, Guaranis e Chanés. As tribos fizeram difrentes intervenções na estratégica região do forte, os Guaranis, antropófagos, usavam o círculo central da área cerimonial para sacrifícios humanos enquanto os Incas usavam para comemorações e reuniões de líderes. Estes viviam em uma espécie de sistema monárquico socialista onde todos trabalhavam e repartiam seus ganhos respeitando sempre seus três preceitos básicos: ama llulla (não mentir), ama sua (não roubar), ama q'uella (não ser preguiçoso).